segunda-feira, 23 de abril de 2012
a ecologia da mente
“o problema de como transmitir as nossas razões ecológicas àqueles que queremos influenciar com o que nos parece ser a “boa” direcção ecológica é em si mesmo um problema ecológico. Não estamos fora da ecologia que planeamos – somos dela uma parte inevitável.”
Bateson, Steps to an ecology of mind, The University of Chicago Press,Ltd., London, foreword by Mary Catherine Bateson, (1972), 2000.
Gregory Bateson (1904- 1980)
Photo courtesy of Barry Schwartz.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Umwelt e Innwelt
“Não é a dilatação do espaço do nosso mundo-próprio em milhões de anos-luz que nos eleva acima de nós próprios mas o reconhecer que, além do nosso mundo pessoal, também os mundos-próprios dos nossos irmãos humanos e irracionais estão contidos num plano que tudo abrange.”
Uexkull, Dos Animais e dos Homens, Livros do Brasil, 1982.
Jacob von Uexkull (1864-1944)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
manifesto do humanismo *
“como o livre e extraordinário criador e modelador de ti próprio, podes moldar-te na forma que preferires. Podes degenerar nas coisas baixas, que são brutas; podes regenerar, seguindo a decisão da tua alma, nas coisas elevadas, que são divinas."
Pico della Mirandola (1463-1494)
Pico della Mirandola, Giovanni, Oratio/Discorso, ed. Saverio Marchignoli, in Pier Cesare Bori, Pluralità delle vie. Alle origini del «Discorso» sulla dignità umana di Pico della Mirandola, Feltrinelli, Milão, 2000. [Discurso sobre a Dignidade do Homem, trad. Port. Maria de Lurdes Sirgado Galho, Lisboa, Edições 70, 1989].
* assim lhe chama Agamben em L´ Aperto. L´uomo e l´animal.
Quão Diferente Pode Ser O Olhar
quarta-feira, 4 de abril de 2012
L´aperto. L´uomo e l´animal.
“O que é o homem, se este é sempre o lugar – e, simultaneamente, o resultado – de divisões e cesuras incessantes? Trabalhar sobre estas divisões, interrogarmo-nos sobre o modo como – no homem – o homem foi separado do não-homem e o animal do humano, é mais urgente do que tomar posição sobre as grandes questões, sobre os supostos valores e direitos humanos. E, talvez, também a esfera mais iluminada das relações com o divino dependa, de algum modo, daquela – mais obscura – que nos separa do animal.
Agamben, L´aperto. L´uomo e L´animal, 2002
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Walden ou a Vida nos Bosques
Terminei hoje a leitura de Walden ou a Vida nos Bosques, do Thoreau.
Não, não é, tão contrariamente ao que me diziam, a apologia do "bom selvagem".
Está muito para além disso!
Se é, por um lado, e é-o, uma reflexão critica e lúcida sobre a luta entre o ser e o parecer, entre o ser e o ter, entre o ser e o poder;
sobre a dicotomia entre o humano e a Natureza que o advento do progresso no sec. XIX preconizou;
sobre a profunda sabedoria que o contacto directo com o que a vida natural na sua majestosa e essencial simplicidade reúne e retém;
sobre a maravilha e o milagre da vida na Terra, do Vivo e dos que vivem;
é-o, igualmente, sobre os mistérios dos desígnios humanos e supra-humanos na sua transcendência enriquecedora;
e é, em suma, um manual de existência em qualquer sítio do mundo e em qualquer época, quer na mais tecnocrática cidade e estilo de vida, quer no seu oposto, quer no que os medeia.
Uma obra fundamental,
uma obra essencial.
27 de Setembro, 2011.
Lagos
Portugal
Europa
Mundo
Planeta Terra
Universo
in A Rapariga Que Queria Ser Feliz Todos Os Dias, Ilsa D´Orzac (2012)
Etiquetas:
ecologia,
Henry David Thoreau
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