domingo, 25 de novembro de 2012
Greed is out, Empathy is in.
"Greed is out, Empathy is in." Frans de Waal, The Age of Empathy - Nature´s Lessons for a Kinder Society.
Neste livro Waal analisa vários mitos que nos (des) orientam e às sociedades em que vivemos e destaca dois aspectos fundamentais a partir de lições da Natureza. Um, o de que a célebre “lei do mais forte”, retirada por Spencer do discurso económico, não tem a prevalência que
insistentemente lhe querem atribuir e assim, tanto ou mais do que territorialistas e competitivos, somos seres cooperativos, sensíveis à injustiça e desejosos de paz e harmonia. Outro, o de que a capacidade e manifestação de sentimentos de empatia além de ser remota na história evolucionária, está presente quer nos humanos quer em outros mamíferos, apesar de muitos o quererem negar tanto nuns quanto noutros. Um livro a ler, a dissecar e a divulgar.
sábado, 16 de junho de 2012
arte de viver e técnicas do espírito

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sexta-feira, 25 de maio de 2012
sou nada e ninguém me vê
Sou nada e ninguém me vê.
O tempo passa sempre igual e neste vazio rotineiro em que se tornou a minha vida arrasto a minha pouca coragem.
Há dias o comboio parou.
Alguém se atirou à linha e stop enquanto se desenrolavam os processos legais.
Ficámos todos dentro das carruagens,
primeiro perplexos,
depois ansiosos
e logo excitados e com nervoso miudinho.
Tagarelavam sobre o assunto como se fosse tema de convívio.
Agitação, gente nos corredores, telefonemas, espreitar pelas portas e janelas. Uma estrangeira interrogava porque se riam as pessoas, porque falavam com tal vivacidade.
Sentia ela como se tivesse esmagado,
a própria feita máquina,
o corpo ainda quente na primeira pessoa do singular com ferro e metal.
Sentia debaixo de si.
A massa de sangue nos carris.
Eu fiquei calmo.
Não tinha pressa.
Não ia a lado nenhum.
Nada de novo.
E ali estava acompanhado.
Deixei-me ficar sentado.
Pus-me a imaginar o espírito do suicida a deixar a carne sem vida.
A passar por nós e a elevar-se no ar
como um balão que se desprende da mão de uma criança empurrado pelo vento.
Amen.
Que assim seja.
Agora também estou calmo.
Ninguém me vê e todas as semanas há mais um que se atira à linha.
De todas as vezes me interrogo:
será neste?
- A Rapariga Que Queria ser Feliz Todos os Dias, d´Orzac, 2012.
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
The End of Anthropocentrism?
The trouble with human beings is not really that they love themselves too much; they ought to love themselves more. The trouble is simply that they don’t love others enough.
"The End of Anthropocentrism?”, Mary Migdley, Cambridge University Press, 1994.
Mary Migdley (1919)
segunda-feira, 23 de abril de 2012
a ecologia da mente

“o problema de como transmitir as nossas razões ecológicas àqueles que queremos influenciar com o que nos parece ser a “boa” direcção ecológica é em si mesmo um problema ecológico. Não estamos fora da ecologia que planeamos – somos dela uma parte inevitável.”
Bateson, Steps to an ecology of mind, The University of Chicago Press,Ltd., London, foreword by Mary Catherine Bateson, (1972), 2000.

Gregory Bateson (1904- 1980)

Photo courtesy of Barry Schwartz.

sexta-feira, 13 de abril de 2012
Umwelt e Innwelt

“Não é a dilatação do espaço do nosso mundo-próprio em milhões de anos-luz que nos eleva acima de nós próprios mas o reconhecer que, além do nosso mundo pessoal, também os mundos-próprios dos nossos irmãos humanos e irracionais estão contidos num plano que tudo abrange.”
Uexkull, Dos Animais e dos Homens, Livros do Brasil, 1982.

Jacob von Uexkull (1864-1944)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
manifesto do humanismo *

“como o livre e extraordinário criador e modelador de ti próprio, podes moldar-te na forma que preferires. Podes degenerar nas coisas baixas, que são brutas; podes regenerar, seguindo a decisão da tua alma, nas coisas elevadas, que são divinas."
Pico della Mirandola (1463-1494)

Pico della Mirandola, Giovanni, Oratio/Discorso, ed. Saverio Marchignoli, in Pier Cesare Bori, Pluralità delle vie. Alle origini del «Discorso» sulla dignità umana di Pico della Mirandola, Feltrinelli, Milão, 2000. [Discurso sobre a Dignidade do Homem, trad. Port. Maria de Lurdes Sirgado Galho, Lisboa, Edições 70, 1989].
* assim lhe chama Agamben em L´ Aperto. L´uomo e l´animal.
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